Sofia Ribeiro Fernandes, crónicas de uma Mãe Pediatra e de uma Pediatra Mãe



Sofia Ribeiro Fernandes, crónicas de uma Mãe Pediatra e de uma Pediatra Mãe


sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Apelo à dádiva de sangue

Gota a gota, devemos ajudar...
Não consigo imaginar a angústia de querer uma unidade de glóbulos rubros ou um pool de plaquetas e não ser possível porque as reservas esgotaram... Não consigo imaginar o que é não ter. Não consigo imaginar o rebuliço de uma calamidade destas. Não quero imaginar este caos suburbano de um país que se afunda em gotas de nada. Ainda sou das que acredita que a dádiva de sangue é uma pura corrente de amor genuíno a um desconhecido. Não acredito que quem doava sangue o fizesse porque tinha folga no trabalho ou porque ficava isento de taxas moderadoras. Não posso e não quero acreditar nisso. Acredito que quem o fazia e que agora já não o faça, o tenha deixado de fazer porque simplesmente o tempo de ir fazer a colheita rouba duas horas ou mais no segundo trabalho ou implica que pague mais uma hora no colégio porque não pôde ir buscar os miúdos à escola. Acredito nisto porque sim. Como já não consigo espreitar os meus pés e quase não vejo o umbigo, apelo às pessoas sãs de sangue e coração que o façam... Gota a gota!

Um pedaço de cada um

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